- Doutor, é uma
tragédia.
- Não quero saber,
hoje é feriado.
“Hoje é feriado. Não darei
entrevista” – possíveis palavras dadas pelo Secretário de Estado da Saúde
Pública, Domício Arruda, à equipe do Jornal Nacional (Rede Globo), quando convidado
a falar sobre a atual e constante calamidade pública que se encontra a saúde no
Rio Grande do Norte. Descaso assim é o que o cidadão potiguar tem ganhado. E
hoje, no dia do trabalhador, dói mais ainda, porque o muito do que é tirado do
pouco que se ganha pelo suor do trabalhador para pagamento de impostos que
deveriam garantir-lhe conforto nos momentos difíceis não é bem o que acontece.
A situação está péssima, não apenas pela greve dos médicos, como também pela
falta de leitos, ausência de estrutura no local de trabalho e investimento de
aplicabilidade duvidosa – mas, isso todos já sabem.
Contraditoriamente, várias
vezes no horário nobre da TV, a prefeita do Natal, Micarla de Sousa (Partido
Verde – PV), tem se pronunciado para dizer que na sua gestão a saúde é
prioridade, que os Ambulatórios Médicos Especializados, conhecidos como “AME” melhoraram a qualidade no
atendimento médico em Natal. Se isso é verdade, por que será que somos notícias
negativas no cenário nacional (além do vexame no atraso das obras da COPA)?
Imagine se a saúde não fosse posta como emergencial.
Não
adianta a Governadora Rosalba Ciarline culpar a gestão anterior e a prefeita Micarla
de Sousa se vitimar devido a um complô dos caciques políticos do Estado, já que
fiscalizações comprovam montanhas de lixos em pátio de unidades de saúde, estrutura
inadequada para se trabalhar e ausência de suporte para atender a essa população.
Como
discutir problemas sociais recai no âmbito político, relembro que Rosalba e
Micarla surgiram como esperança de mudança, de possibilitar melhor qualidade de
vida aos nataleneses e potiguares. E o que se vê nas pesquisas iniciais de
intenção de voto é a liderança do ex-prefeito Carlos Eduardo como favorito a
sucessão. Lembro-me da insatisfação de muitos com este, apontando-o como um mau
administrador e hoje a maior parte do eleitorado “clamam” a sua volta. Isso
quer dizer que o ruim é melhor do que o trágico vigorante. Parece até uma
fábula: antes ruim que insuportável.
Por Alan César
É tanto descaso que resolver antes ou depois do feriado não ia fazer diferença... Assim pensou ele. Mal sabia que essa sua decisão iria ser notificada em pleno horário nobre em rede nacional. Eu acho é pouco!! A cada nova eleição fico mais descrente com a politica..
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